Hirsutismo é o crescimento excessivo de pelos em áreas do corpo feminino. Talvez você nunca tenha ouvido falar nesse nome, mas com certeza já viu alguém com este problema ou talvez você mesmo sofra com esse distúrbio. Uma definição mais clara de hirsutismo é o crescimento de pelos grossos e escuros em grande quantidade nas mulheres: barba, buço (bigode), mamilos, abaixo do umbigo, nádegas, etc.
Normalmente está relacionado à puberdade precoce. Quando essa disfunção é muito descontrolada, pode mexer com a autoestima e desencadear problemas psicológicos de aceitação, depressão e transtornos emocionais.
Possíveis causas do Hirsutismo
Síndrome do Ovário Policístico (SOP): é a causa mais comum de hirsutismo, responsável por 75% dos casos. Manifesta-se na puberdade, acompanhada por alterações no ciclo menstrual, ganho de peso, dislipidemia, resistência à insulina, acne e acantose nigricans.
Tumores secretores de andrógenos: essa causa é rara, porém, há casos em que se verifica a presença de um tumor anormal. Eles se regulam de forma autônoma, sem depender do eixo hipotálamo-hipofisário.
Medicamentos: há muitos medicamentos que causam hirsutismo: andrógenos, glicocorticoides, vasodilatadores (minoxidil), ciclosporina, danazol, progestágenos e estrógenos. Vários desses medicamentos também causam hipertricose.
Endocrinopatias: nesse tipo de patologia, a presença de hirsutismo não é tão relevante quanto a de outros sinais e sintomas do quadro clínico. Algumas das endocrinopatias mais prevalentes são a doença de Cushing, a acromegalia, a hiperprolactinemia e as disfunções tireoidianas.
Hirsutismo idiopático: esse tipo de hirsutismo é observado em pessoas com níveis normais de andrógenos, ciclos menstruais regulares e morfologias ovarianas normais. Portanto, é um diagnóstico de exclusão após eliminação das demais possibilidades etiológicas.
O diagnóstico para confirmar o problema é feito através de uma análise do histórico da paciente, inclusive familiar e de exames laboratoriais para verificar índices glicêmicos, perfil androgênico, disfunções na tireoide e nas glândulas adrenais.
Após o diagnóstico, o tratamento pode variar de acordo com a causa do hirsutismo. Se a causa for hormonal, o tratamento é feito com medicamentos, senão, apenas a remoção dos pelos pela raiz através do laser pode ajudar a minimizar o problema.
Outra recomendação importante é a perda de peso, pois o tecido adiposo também é responsável por sintetizar os hormônios e aumentar a resistência à insulina.
O chá de hortelã também é eficaz para diminuir a produção de hormônio masculino nas mulheres e, consequentemente, diminuir os pelos terminais indevidos.
A utilização de óleos essenciais de melaleuca (tea tree) e lavanda aplicados na pele continuamente, ajudam a reduzir os pelos.
Meninas que sofrem com excesso de pelos masculinos, podem recorrer ao tratamento que for mais indicado, de acordo com a avaliação individual. Só não vale ficar sofrendo ou se escondendo por causa da aparência devido à falta de informação.
Se algo nos incomoda, podemos estudar, pesquisar e tomar uma atitude que realmente nos fará bem!